12.29.2006

Levitação magnética a baixas temperaturas

Nestes dias de Inverno...

Numa altura em que o mercúrio dos termómetros não quer subir muito e o vento tende a soprar, ficam aqui duas sugestões:

Conforto térmico - Windchill

É a sensação de arrefecimento causada pelo efeito conjunto da velocidade do vento com valores baixos da temperatura do ar. Qualquer pessoa que tenha feito um passeio durante um dia com temperaturas relativamente baixas, reparou que sente mais frio se houver vento do que senão houver. (...)

Convecção

Uma das formas de transferência de calor é a convecção. A transferência de calor estudada nesta experiência é a de convecção forçada, que se dá por diferença de densidade. Devido a uma diferença de densidade entre vários conjuntos de partículas, vai existir uma certa trajectória bem definida de deslocação de moléculas. (...)

Uma notícia a comprovar o que todos nós sabemos :(

Alterações climáticas
Árctico: massa de gelo com 66 quilómetros desprende-se e forma nova ilha do Pólo Norte
29.12.2006 - 15h36 AP


Uma massa de gelo gigante com 66 quilómetros desprendeu-se há 16 meses da zona costeira da ilha de Ellesmere, no Árctico canadiano, e transformou-se numa nova ilha do Pólo Norte. Os cientistas apontam o dedo às alterações climáticas e ao sobre-aquecimento global.

Warwick Vincent, da Universidade de Laval, viajou até à nova ilha e confessa ter ficado espantado com o que viu.

“Isto é algo dramático e preocupante. Mostra que estamos a perder características únicas do Norte canadiano, que existem há muitas centenas de anos”, comentou Vincent. “Estamos a ultrapassar fronteiras climáticas e isto pode ser um sinal das alterações que ainda estão para vir”.

Esta massa de gelo era uma das seis maiores do Árctico canadiano, com gelo com mais de três mil anos, e flutuam no mar mas estão ligadas à terra.

Alterações climáticas estarão na base da nova ilha

Este fenómeno “é consistente com as alterações climáticas”, disse Vincent, lembrando que as restantes massas de gelo estão hoje 90 por cento mais pequenas do que quando foram descobertas, em 1906. “Ainda não conseguimos ter o cenário completo... mas temperaturas invulgarmente quentes tiveram, definitivamente, um papel determinante”.

Laurie Weir monitoriza as condições do gelo no Canadian Ice Service. No ano passado, quando passava em revista as imagens de satélite detectou que a massa de gelo Ayles se tinha quebrado e separado.

Weir contactou Luke Copland, da Universidade de Otava, que, utilizando imagens de satélite e informações sísmicas, chegou à conclusão de que a massa de gelo se desprendeu ao início da tarde de 13 de Agosto de 2005.

Copland ficou surpreendido com a rapidez com que as alterações climáticas afectaram as massas de gelo. “Ainda há dez anos, os cientistas assumiram que quando as alterações climáticas começassem a fazer-se sentir, isso aconteceria gradualmente. Esperávamos que as massas de gelo se iriam derretendo lentamente”, acrescentou.

A comunidade científica receia agora que, com as temperaturas mais quentes da Primavera, a nova ilha se desloque no mar e cause transtorno para os navios.

“Nos próximos anos, esta nova ilha de gelo poderá entrar em rotas de navegação comerciais”, alertou Weir.

In Público

Por falar em projectos...

Escolha a citação que melhor se aplica:

"O projecto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro para fazer, um futuro a construir, uma ideia a transformar em acto." - Jean-Marie Barbier

"É longo o caminho que vai do projecto à coisa" - Jean Molière

" A ciência dos projectos consiste em prever as dificuldades de execução" - Luc de Clapiers Vauvenargues

Fonte - Citador

Exposições a ver e rever

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Bar at the Folies-Bergere, 1881-2 - Edouard Manet

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Um quadro magnífico, que encanta o nosso olhar. No entanto existem no quadro distorções da realidade. Quais são? Talvez esta página - Óptica Geométrica / Reflexão - possa dar alguma ajuda.

O Tio Tungsténio de Oliver Sacks (Relógios D´Água Editores, 2002)

12.28.2006

Almanaques astronómicos para 2007

Os dados para 2007 estão disponíveis no site do Observatório Astronómico de Lisboa.

Um clássico - "O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique a sua resposta."

"Primeiramente, postulamos que, se as almas existem, então devem ter alguma massa. Se tiverem, então uma mole de almas também tem massa. Assim, em que percentagem é que as almas estão a entrar e a sair do inferno? Acho que podemos assumir seguramente: uma vez que uma alma entra no inferno, nunca mais sai. Por isso não há almas a sair. Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhadela às diferentes religiões que existem no mundo, hoje em dia. Algumas dessas religiões pregam que se não pertenceres a ela, vais para o inferno. Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projectar que todas as pessoas e almas vão para o inferno. Com as taxas de natalidade e mortalidade da maneira que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno.
Agora vamos olhar para a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei de Boyle diz que, para a temperatura e a pressão no inferno serem constantes, a relação entre a massa das almas e o volume do inferno também deve ser constante. Existem duas opções:
1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir;
2) Se o inferno se estiver a expandir numa taxa maior do que a de entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno congele.
Então, qual das duas opções é a correcta?! Aceitemos como verdadeiro o que a aluna Teresa Maria me disse no primeiro ano:"Haverá gelo no inferno, antes de eu ir para a cama contigo". Levando em conta que ainda NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações sexuais com ela, então a opção 2 não é verdadeira.

Por isso, o inferno é exotérmico!"

Sinal dos tempos


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12.27.2006

Uma triste verdade :(

"Há uma espécie de guerra suja, envolvendo a ciência e a tomada de decisões".

David Gee, da Agência Europeia do Ambiente, PÚBLICO, 27-12-2006

Sem comentários...

Inevitável subida do nível do mar e da temperatura
j.paulo coutinho
Alterações climatéricas são atribuídas em grande parte à acção do homem sobre o meio ambiente


O planeta está a aquecer de forma inegável e o homem tem uma grande parte da responsabilidade. Esta é a principal conclusão de relatório das Nações Unidas, que será apresentado no início de 2007, elaborado por 2500 cientistas de todo o mundo, cujas primeiras conclusões foram ontem apresentadas pelo "El Pais".

Num relatório, que agrava a responsabilidade humana, é referido que parte do aquecimento é inevitável. Prevê novas ondas de calor, aumento das temperaturas, degelo e subida do nível do mar, que vai continuar por mais um século, mesmo que hoje fosse possível eliminar as emissões de gases com efeito estufa (GEE).

Estes são os principais tópicos do quarto relatório elaborado pelo Painel Governamental para as Alterações Climáticas (IPCC na sigla em inglês). O documento aumenta o grau de precisão do conhecimento relativo às alterações climáticas e o seu grau de atribuição ao homem, relativamente ao último de 2001.

O relatório destaca que 2005 e 1998 foram os anos mais quentes desde que existem registos e que seis dos sete anos mais quentes de sempre ocorreram desde 2001. A temperatura média da superfície aumentou desde 1850. As observações do oceano, da atmosfera, a neve o gelo mostram dados consentâneos com o aquecimento global. E é muito improvável que o aquecimento observado se deva à variabilidade do clima, sublinha o documento.

A temperatura do ar nas zonas terrestres aumentou o dobro da do oceano desde 1979. A temperatura do oceano a grandes profundidades também aumentou desde 1955, refere o documento.

Explica ainda, que embora o aumento de temperatura do oceano seja muito pequeno, a sua importância advém da imensa quantidade de calor necessária para elevar a temperatura do mar.

O trabalho dos cientistas envolvidos no IPCC, uma vez que existe a certeza do aquecimento, passa pela atribuição das causas.

Por isso, define causas como "muito provável" (o que significa que o grau de atribuição é superior a 90%), provável (mais de 66%) ou tão provável como não (entre 33 e 66%).

E a principal causa são os GEE, sobretudo o dióxido de carbono, mas também o metano ou os óxidos de nitrogénio que se libertam durante a queima de carvão, petróleo ou gás. Estes gases acumulam-se durante séculos na atmosfera. Embora deixem passar a radiação solar para a Terra, travam a saída de calor que a superfície terrestre emite aquecendo o planeta. A este efeito junta-se o das partículas em suspensão, também procedentes das fábricas e dos automóveis que travam a chegada da radiação solar ao planeta e o arrefecem.

Tendo em conta os factores que incidem no balanço energético, predomina o aquecimento dos GEE. "É muito provável que os GEE sejam a causa dominante do aquecimento observado nos últimos 50 anos no mundo", estima o relatório.

A atribuição do aquecimento ao homem é agora maior do que em 2001, data do último relatório. Na altura os cientistas foram mais cautelosos e agora consideram essa causa como muito mais provável. Este assinala que o incremento de situações extremas - como secas e ondas de calor - "pode ser atribuído à mudança climática antropogénica"- produzida pela acção do homem.

O relatório do IPCC supõe um mínimo denominador comum científico sobre o aquecimento. A redacção final do texto pode mudar na reunião de Paris, de 29 de Janeiro e 1 de Fevereiro de 2007, quando serão apresentadas as conclusões do painel.

O que pode mudar, sobretudo, é o resumo para políticos, que é aprovado frase a frase, já que os governos medem cada palavra.

in Jornal de Notícias

12.25.2006

Agora que se inicia um Novo Ano...


Vivimos una situación de auténtica emergencia planetaria, marcada por toda una serie de graves problemas estrechamente relacionados: contaminación y degradación de los ecosistemas, agotamiento de recursos, crecimiento incontrolado de la población mundial, desequilibrios insostenibles, conflictos destructivos, pérdida de diversidad biológica y cultural…

Es preciso, por ello, asumir un compromiso para que toda la educación, tanto formal como informal, preste sistemáticamente atención a la situación del mundo, con el fin de proporcionar una percepción correcta de los problemas y de fomentar actitudes y comportamientos favorables para el logro de un desarrollo sostenible.

Llamamos así a sumarnos decididamente a las iniciativas de una Década de Educación para el Desarrollo Sostenible, que Naciones Unidas promueve de 2005 a 2014.

LOL - O metano e o efeito de estufa


12.24.2006

Um clássico de Natal

Estudo do caso: A existência do Pai Natal, do ponto de vista físico


1. Existem aproximadamente dois biliões de crianças (pessoas com menos de 18 anos) no mundo. Porém, como o Pai Natal não visita crianças das religiões Muçulmana, Hindu, Judaica e Budista, isso reduz o trabalho na noite de Natal para 15 % do total, ou 378 milhões de pessoas (de acordo com o Bureau de Referência de População). A uma taxa média (censo) de 3,5 crianças por lar, tem-se um total de 108 milhões de lares, considerando que haja pelo menos uma criança boazinha em cada lar.

2. Pai Natal tem cerca de 31 horas de Natal para trabalhar, graças a diferença de fuso-horário e a rotação da Terra, considerando que ele viaje de leste para oeste (o que parece lógico). Isso resultaria em 967,7 visitas por segundo, e significa que, para cada casa cristã com uma criança boazinha, Pai Natal tem cerca de 1/1000 segundo para estacionar o trenó, saltar, descer na chaminé, distribuir os presentes em torno da árvore, comer algum lanche que tenha sido deixado para ele, subir de volta pela chaminé, entrar no trenó e ir até a próxima casa. Considerando que cada uma das 108 milhões de paragens esteja distribuída uniformemente pelo mundo (o que, naturalmente, sabemos ser falso, mas será aceite para fins de cálculo), estamos a falar agora de aproximadamente uma distância de 1,25 km entre cada casa - uma viagem total de 121,5 milhões de km, sem contar idas ao wc e descansos. Isso significa que o trenó do Pai Natal move-se a uma velocidade de 1.046 km/s - 3.000 vezes a velocidade do som. Para fins de comparação, o veículo mais veloz já construído pelo homem, a sonda espacial Ulisses, move-se a acanhados 44,1 km/s, e uma rena normal pode correr a 24 km/h (no máximo).

3. A carga útil do trenó representa um outro elemento interessante. Considerando que cada criança não receba nada mais que um Lego médio (907 g), o trenó levaria mais de 500 mil toneladas, sem contar o peso do "bom velhinho". Em terra, uma rena normal não puxa mais que 136 kg. Mesmo admitindo que renas "voadoras" pudessem puxar dez vezes o normal, o serviço não poderia ser feito com oito ou nove delas - Pai Natal precisaria de 360.000 renas. Isso aumentaria a carga, sem contar o peso do trenó, mais 54 mil toneladas, ou aproximadamente sete vezes o peso do Queen Elizabeth (o navio, não a monarca). 554 mil toneladas viajando a 1.046km/s cria uma enorme resistência do ar isso aqueceria as renas da mesma maneira que uma nave espacial ao reentrar na atmosfera da Terra. O primeiro par de renas absorveria 14,3 x 10 elevado a 19 joules de energia por segundo. Em resumo, elas explodiriam em chamas quase que instantaneamente, explodindo as renas atrás delas e criando estrondos sônicos ensurdecedores em seu rastro. Todo o conjunto de renas seria vaporizado em 4,26 milésimos de segundo, ou quase quando o Pai Natal atingisse a quinta casa da sua viagem. Porém, nada disso importa, pois o Pai Natal, com a aceleração resultante de uma paragem brusca a partir de 1.046 km/s em 0,001 segundo, estaria sujeito a uma força de 17.000 Newtons. Um Pai Natal de 113 kg (que parece ridiculamente magro) seria imobilizado no fundo do trenó por 1.957.258 kg o que esmagaria instantaneamente os seus ossos e órgãos, reduzindo-o a uma bolha tremula pegajosa cor-de-rosa.

4. Conclusão: Se o Pai Natal existiu, já está morto.

12.20.2006

Ano Polar Internacional 2007-08

Como é descrito no site:


LATITUDE60!

Educação para o Planeta no Ano Polar Internacional 2007-08

Um projecto do Comité Português para o Ano Polar Internacional

Organização:
Centro de Ciências do Mar - Universidade do Algarve
Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa
Associação de Professores de Geografia

O que é o Ano Polar Internacional?
O biénio que decorre de Março de 2007 a Março de 2009 foi designado pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Conselho Internacional para a Ciência, como o IV Ano Polar Internacional (API), situação que não se verificava há exactamente 50 anos. O evento resulta da congregação de esforços de milhares de cientistas e de centenas de instituições internacionais e nacionais, e visa promover o desenvolvimento da ciência nas regiões polares, mas também mostrar junto da sociedade a importância determinante que as regiões polares têm para a dinâmica e regulação climática do Planeta. O API mobiliza já mais de 50.000 pessoas em todo o Mundo.

O que é o LATITUDE60!?
A Educação é um tema central no Ano Polar Internacional e em Portugal, um país que tem vivido de costas voltadas para as regiões polares, consideramos que chegou o momento de ensinar às gerações mais novas a importância das regiões frias para o nosso planeta. Mostrar o que se passa no Árctico e no Antárctico ao nível das mudanças no clima, na criosfera, nos ecossistemas, nos hábitos de vida dos povos polares, e as consequências que estas regiões têm para o resto da Terra, e mesmo para Portugal, está nas nossas mãos. O LATITUDE60! é o projecto educativo do Comité Português para o Ano Polar Internacional, e inclui um amplo conjunto de actividades que se iniciaram em Julho de 2006, e que vão continuar até Março de 2009. Neste projecto podem participar todas as disciplinas, desde as ciências exactas, às ciências sociais, às línguas, artes e também ao desporto. O projecto não tem limites, e o objectivo é explorar temas polares, ligando-os aos problemas da Terra e da sociedade, e sempre que possível, a questões relacionadas com a realidade nacional. Estas, podem passar por temáticas ambientais, pela história ou pela cultura. Enfim, o projecto servirá também como uma plataforma de oportunidade para animar e despertar os jovens para a temática polar, mas também para as ciências, artes e desporto.