As suas fotografias, apelidadas de heliografias (do grego, impressão pelo Sol) eram obtidas após 8 - 10 horas de exposição, sendo a imagem projectada numa placa de metal de estanho coberta de betume da Judeia (asfalto natural). O betume da Judeia, quando exposto à luz, torna-se branco e endurece. Durante o processo de revelação, o betume da Judeia não exposto à luz era dissolvido com petróleo, obtendo-se desta forma uma "fotografia a preto e branco", consoante a maior ou menor incidência de luz em cada ponto da chapa.
Estas fotografias, no entanto, necessitavam de longos tempos de exposição (10 horas!!!) e apresentavam fraco contraste entre as zonas claras e escuras.
Para melhorar este processo, Niépce ensaiou vários materiais para as chapas, verificou que que uma placa de cobre, coberta com uma fina camada de prata, proporcionava uma tonalidade mais viva e brilhante e maior contraste que os outros materiais (estanho, zinco, papel e o vidro. Posteriormente, utilizou vapores de iodo (em 1811 Courtois descobriu o iodo), após a lavagem da placa com o petróleo, que reagiam com a prata nos locais onde não existia betume da Judeia (zonas escuras). Após todo este processo, a chapa era lavada com álcool que dissolvia o betume esbranquiçado pela luz, descobrindo a prata nesses locais.
O resultado de toda esta evolução técnica era uma chapa fotográfica onde as zonas claras eram dadas pelo metal prateado, e as zonas escuras pela prata atacada pelo iodo, não existindo nenhum betume nem relevo.
Na História da Fotografia segue-se Louis-Jacques-Mandré Daguerre, considerado o pai da fotografia.
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